RPG, Marketing Viral e The Uncles
O que acho mais divertido num jogo de RPG (Role Playing Game) é o elemento mais básico: criar o personagem. Não que seja trivial criar um personagem, ele deve parecer uma pessoa real, com manias e conflitos psicológicos convincentes, precisa de uma história, de origens, de contexto. E precisa agir de forma coerente ao que ele é. Se o personagem tem fobia de fogo, o protagonista precisa entrar em desespero em situações com fogo. Se o personagem é desligado, o protagonista deverá deixar que seu personagem perca detalhes importantes durante o jogo.
O que acho mais divertido num jogo de RPG (Role Playing Game) é o elemento mais básico: criar o personagem. Não que seja trivial criar um personagem, ele deve parecer uma pessoa real, com manias e conflitos psicológicos convincentes, precisa de uma história, de origens, de contexto. E precisa agir de forma coerente ao que ele é. Se o personagem tem fobia de fogo, o protagonista precisa entrar em desespero em situações com fogo. Se o personagem é desligado, o protagonista deverá deixar que seu personagem perca detalhes importantes durante o jogo.
Uma coisa interessante nesse jogo é que você pode interpretar. Não como no teatro, em que as falas vêm prontas, mas no improviso (respeitando as regras de jogo e personagem, claro). Na variação Live Action, tendo pronto o personagem, os diálogos e movimentos ficam lembrando as brincadeiras de “faz-de-conta” das crianças.
As vezes Marketing Viral se parece com RPG. Você sabe o que é Marketing Viral, aquela estratégia de divulgação de produto em que um evento, ou qualquer coisa marcante espalha igual virus em divulgação pela internet ou outros meios, de preferencia sem muitos gastos de mídia. Daí usa-se Orkut, Youtube, hotsite, etc. O interessante é usar redes sociais pré-existentes e fazer com que elas divulgem internamente o que se precisa, de forma espontânea.
Até aí nada a ver. Eu enrolei esse tempo todo pra falar dos The Uncles. A banda de tios que não tem cara de tios para anunciar o Sentra, da Nissam (ei, isso foi a décadas), eu sei, é que um professor comentou ontem na sala de aula e minha mente incrivelmente divagadora fez o link com o tal RPG. Os tios foram criados em um contexto, eles não existem mas tem história, hotsite, verbete na Wikipédia, personalidade, hit... Igual criar personagem pro joguinho que eu comentei. E todo mundo brinca disso, mas ninguém acha que é verdade. (Os pregadores anti-demonio poderiam reparar nesse parenteses e anotar que os jogadores do tal joguinho sabem que a brincadeira não é de verdade?).
Acontece que no RPG os personagens são criados de acordo com as necessidades do jogo, muitas vezes adpatados aos que os interpretam, e eles se comportam com suas caracteristicas de modo a conviver com os outros personagens e suas peculiaridades. Pra falar com consumidor a gente também estuda como eles são e cria de acordo com o que vai funcionar. Conforme o que a gente precisa pra convivência. Já assisti um filme (não vou lembrar o nome), em que um bando de publicitários fazia uma coisa parecida.
A diferença era que o cliente era o presidente dos Estados Unidos candidato a reeleição, a campanha acabou em inventar uma baita guerra que o dito cujo resolvia muito bem (lógico), e haviam cenas comoventes de guerra gravadas em estúdio, uma atriz desempenhando o papel de refugiada, um soldado-herói que a aquipe do presidente foi buscar num presídio com licença especial, e uma velha música “sapato velho”, antigo hit no país composta as pressas em duas noites no início da campanha. E era incrivel como havia quem se lembrasse dela. A nação toda emocionada.
É só pra mostrar como isso de estudar comportamento e criar em cima faz efeito. Mostrar o poder e a responsabilidade que o publicitário tem em mãos. Lembrar também que o consumidor não é burro, tem que respeitar as regras de lógica do mundo e ser convincente. Ele vai saber que é faz de conta, mas vai valorizar e interiorizar sua mensagem. E depois, não é tão dificil. A molecada aprende a criar personagens e personalidades jogando RPG. Aí pelos seus 12, 13 anos de idade.
Agora, pra quem leu até aqui.
Eu adoro fazer notinhas do tipo “quem leu até aqui”.
Que o Lula é um mal presidente, ninguém pode negar, ninguém pode negar, hey! O pessoal tá fazendo passeatas de protesto, você já viu na TV. Organizando onde? Na internet, é claro, Salve Salve! É uma especia de organização viral. Mas tem o site. Vamos vaiar o Lula. Se você não liga pra política, pra poder contar pro seu neto que foi lá. Criança escuta essas coisas e acha essas coisas o máximo. Isso é, se o mundo durar pra você ter um neto, com o aquecimento global e tudo mais... Mas aí já é outra história.
http://www.grandevaia.org/
Vou colocar na listinha do lado também. Claro.
Beijo, baby.
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