Lá vem a Heloísa misturando assuntos de novo.
Estive lendo a Veja (a on-line, porque a assinatura é do meu pai e a impressa chega lá no Tocantins, e repito, ninguém merece tentar pegar na biblioteca daqui) e li sobre o lançamento do Kindle.
Kindle é uma maquininha nova pra coleção dos aficcionados em tecnologia. Basicamente, um leitor digital que recebe livros pela onda do celular. Aqui no Brasil, está sendo lançado pela Amazon. E nas palavras do Jeff Bezos, o dono da Amazon: "O Kindle pode não substituir os livros, mas faz mais coisas do que eles".
Bem mais leve que seus predecessores e com muito mais recursos práticos do tipo que o usuário vai saber usar (ao contrário dos microondas), a pergunta que anda pairando é se a tecnologia digital pode afinal nos trazer uma revolução no conceito de livro. Desde o computador decretam o fim do papel e nada da profecia se concretizar por enquanto. A grande novidade do Kindle, é a capacidade desse aparelho de obter conexão direta com a Amazon sem a intermediação de um computador. (UEBA!)
E depois eu fiquei sabendo que a livraria oferece 88.000 títulos para download e ando maluca pra comprar o meu. Não sei o resto da população, mas eu não tenho problema nenhum em ler em tela.
Anda caro por enquanto, mas depois melhora. Sempre fui um rato de biblioteca, e os ratos também precisam evoluir com o mundo. (Piadinha infame). No fim das contas, o sonho para o Kindle-Amazon é bastante ambicioso: representar para o mercado editorial o que outra dupla, a Apple-iPod, significou para a indústria fonográfica – uma reviravolta monumental.
Olha a lista de vantagens desse treco:
- 88.000 livros pra dowload
- Acesso a jornais americanos, europeus, blogs e wikipédia
- Ao contrário dos laptops normais, a tela fica mais nítida quanto mais claro estiver o ambiente.
- e etecéteras
E havia a seguinte afirmação lá no artigo da veja:
Nenhum concorrente chega perto em número de publicações. E eu acabei lembrando de outro sucesso editorial que traz um aparelhinho que pela descrição, é o Kindle na ficção.
Lembra quando Júlio Verne imaginou em seus livros tudo que está inventado hoje? Eu tenho uns 30 livros do Julio Verne, mas não é dele que eu estou falando.
Refiro-me ao “Guia do Mochileiro das Galáxias”. É uma série considerada a “mais nerd de todos os tempos”. A trama envolve basicamente dois terráqueos vivos e desterrados, o presidente da galáxia, computadores tão bem desenvolvidos que tem simuladores de personalidade altemente convincentes, um escritor da Editora de Ursa Menor em trabalho de campo, as aventuras de todos juntos, e através deles conceitos sobre filosofia, física, religião, política, estereótipos sociais e comentários ácidos contra publicitários e profissionais de marketing.
E claro, o motivo do meu comentário sobre a série. Um livro chamado “O guia do mochileiro das galáxias”. É um aparelho digital de bolso com verbetes e textos sobre praticamente qualquer assunto que possa interessar em toda a galáxia. É escrito por editores que “mochilam” pela galáxia para escrever e atualizar o livro, que pode ter suas informações acessadas de qualquer lugar de todo o universo. O primeiro livro da série o descreve como o mais vendido de todo o universo, e detentor de todo o conhecimento
Adoro a descrição que o autor (Douglas Adanms) faz: “Mais popular que a ‘Enciclopédia Celestial do Lar’, mais vendido que ‘Cinqüenta e Três Coisas para se Fazer em Gravidade 0’, e mais polêmico que a colossal trilogia filosófica de Oolonn Colluphid, ‘Onde Deus Errou’, ‘Mais Alguns Erros de Deus’ e ‘Quem é Esse Tal de Deus Afinal?’. O Guia do Mochileiro das Galáxias substituiu a Grande Enciclopédia Galáctica como repositório padrão de todo o conhecimento e sabedoria por dois motivos: 1) É ligeiramente mais barato, custa somente 30 dólares altarianos. 2) Traz impresso na capa, em letras garrafais e amigáveis a frase NÃO ENTRE EM PÂNICO”.
Pronto, era o que eu queria relacionar. O importante mesmo é o aparelhinho na vida real, mas a série é uma boa sugestão pra tuas férias.
O Kindle e o kindle de novo. E a série. Não achei imagens do livro digital da série.
Um comentário:
Então Heloísa, lá vou eu.
Adorei essa notícia, mas pena que eu tenho uma estima muito grande ainda por papeis, aqueles livros impressos na minha prateleira...
Agora, gostei mesmo, ainda mais da idéia do mochileiro, de pessoas escreverem e deixarem acessíveis a todos que interessar. Sabe, seria como aquele site recanto das letras e tantos outros por ai, mas com todos os tipos de coisas que as pessoas quisessem escrever.
Alguém poderia fazer isso logo, para já ter algum conteúdo quando nós comprássemos.
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